Verdades e mitos sobre a ascensão da violência entre crianças e adolescentes
A violência é um constituinte da condição humana. O homem já nasce na violência (o parto). E o que dizer da história humana? Registros dão conta de que a roda da violência gira junto com a da história. E quanto à presença da violência nas produções artísticas de todas as épocas? A pintura, a literatura e, mais recentemente, o cinema têm encontrado nela material inesgotável para uso e abuso, para o bom e o mau proveito. Notemos que tantas dessas cenas integram espaços sagrados; são vistas em vitrais de igrejas e catedrais.
Os maus efeitos disso sobre a tarefa de educar ou socializar são imponderáveis. Eis porque é bastante compreensível a “debilidade dos quadros de referência” entre as crianças e jovens, assim como o é também o fenômeno de formação de grupos ou movimentos de contracultura — as tribos urbanas — integrados por jovens. Esses grupos representam “espaços de encontro”, mediante os quais os jovens procuram suavizar as asperezas e as esterilizações simbólicas que os ameaçam com perda da significação e da própria identidade. Mas, muitos desses movimentos, porém, aderem a projetos de morte.
Nilberto de Matos Amorim
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